Depois de uma longa demora no blogger, segue uma novo artigo.
Concentração de Evangélicos em Brasília |
MANIFESTAÇÃO NÃO DIVULGADA
Esta semana em Brasília ocorreu uma manifestação que teve – segundo os
cálculos da polícia militar local – a participação de cerca de 70 mil pessoas.
Foi um grande ajuntamento de evangélicos, que externaram o nosso direito de
opinião dentro de um país que se considera verdadeiramente democrático.
Infelizmente, poucos – ou quase nenhum – meio de comunicação divulgou o
ocorrido e quando o fez, apenas mencionou rapidamente. Isto me leva a algumas
reflexões importantes para nossa vida diária, em um mundo que é cada vez mais
ímpio:
1) Somos chamados a ser luz em
um mundo que está em trevas (Mt 5.14): muitos cristãos ainda insistem em
defender a ideia de que o mundo pode, por si só, chegar-se a Deus ou, mesmo sem
Cristo e sem a Palavra, conseguir fazer a vontade dEle e salvar-se pelas obras
que faz. A Bíblia diz que o mundo ama mais as trevas do que a luz e que suas
obras são más (Jo 3.19); que o mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19) e que fomos
resgatados do reino das trevas para o reino da luz (Ef 5.8 e Cl 1.13). Temos,
portanto, que ser o referencial para este mundo perdido que precisa saber qual
o caminho a ser seguido para viver abundantemente.
2) Não podemos temer deixando
de externar nossa opinião (Mt 10.28): Por mais que a agenda de nosso país
(e porque não, do mundo) use termos como “retrógados”, “imbecis” e “ignorantes”
para se referir aos cristãos como um todo (em algumas situações não tiro a
razão deles), não podemos deixar de externar o que pensamos e como a Bíblia é a
base de nossa opinião. Estudar as Escrituras e ter uma cosmovisão cristã
Reformada (criação, queda e redenção) que envolva toda nossa área de
conhecimento é importantíssimo. A agenda do mundo não pode sufocar a voz de
Deus presente em sua Palavra.
3) Os ímpios são mais ardilosos
em sua luta pelo mal do que os cristãos em sua luta pelo bem (Lc 16.8): Por
mais que usem de subterfúgios malignos, por mais ardilosos para a maldade que
sejam, ainda assim não podemos fechar os olhos para a realidade que, em muitos
casos, somos lentos e inexpressivos com a obra de Deus. Se as trevas estão
falando alto é porque, em algum momento, resolvemos nos esconder e abrir de
nosso papel de influenciar a sociedade. Ainda hoje, por exemplo, confundimos o
trabalho político como a arte de fazer barganhas ou conseguir um ônibus para o
acampamento da igreja que nos elegeu, quando seria a oportunidade de
estabelecer valores de resgate de toda uma sociedade corrompida. Não podemos abrir mão de lutar pelo melhor e
por termos uma voz que seja ouvida de maneira inteligente e amorosa: gritos não
são argumentos.
4) Não há descanso para quem
está em guerra (1Tm 6.12): Achar que a vitória em uma batalha é o mesmo que
vencer a guerra leva à eminente derrota. Pesquisas mostram que o número de desistências
ou repetências na faculdade são maiores no primeiro ano. Estudiosos do assunto
afirmam que isso acontece devido ao relaxamento natural, após um longo tempo de
estudos e cursinhos preparatórios. Todavia, chegar à faculdade é uma etapa
alcançada, mas não a concretização de um objetivo. Semelhantemente, na fé
cristã, quando vencemos uma batalha, logo abrimos mão de outros embates e o
tempo nos faz relaxar. O cristão não pode esquecer que está em guerra e que sua
luta é contra os dominadores deste mundo tenebroso e, principalmente, contra si
mesmo – a sua inclinação pecaminosa que insiste e levá-lo a pecar. Em um
ambiente com esta atmosfera, cada cristão tem que estar atento e pronto para a
batalha.
5) Não se deixe enganar pelas
coisas que está vendo e ouvindo (1Ts 5.21): Não podemos ser como o “cavalo
e a mula que não têm entendimento” (Sl 32.9). Deus nos concedeu a capacidade de
raciocínio, de pensar, avaliar, redarguir, e, no final absorver ou aceitar o
que nos apresentado. Infelizmente, cada vez mais as pessoas estão perdendo esta
capacidade de reflexão. A tecnologia pode ajudar na busca de informações, mas
atrapalhar o processo de julgar. Muitos dos mesmos evangélicos que estavam
protestando em Brasília, foram influenciados pelos seus líderes a votar nos
mesmos políticos que agora eles combatem. Acho que a manifestação foi própria e
legítima. Mas, não soa como um ar de incoerência? Uma vez ouvi de uma ovelha
muito querida que, ela assistia novela porque tal programa ensinava muitas
coisas boas para a vida. Tentei mostrar-lhe que estava enganada, mas não houve
jeito de mudar sua opinião. Veja, o que diz o economista Alberto Chong sobre e
assunto e chegue às suas próprias conclusões (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26593-15295,00-ALBERTO+CHONG+AS+TELENOVELAS+MOLDARAM+O+BRASIL.html).
Afinal, o que vemos e ouvimos não representa, necessariamente, a verdade. Precisamos
ser pessoas capazes de julgar o que acontece ao nosso redor e, para nós
cristãos, significa ler, estudar e, acima de tudo, andar em dependência
completa do Senhor.