sábado, 26 de fevereiro de 2011



    Que Canseira

“E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais,
diz o Senhor dos Exércitos...” Malaquias 1.13

                É muito comum ouvirmos pessoas dizendo que vivemos a era do entretenimento. Nela o que realmente importa é o quanto elas se emocionam, o quanto riem, o quanto se arrepiam, o quanto se distraem. A era do entretenimento requer pouco pensamento, pouca reflexão. Não importa se a diversão é verdadeira ou não, se traz edificação, o que importa é o que se sente na pele.

            Numa era como essa, não há espaço para o monólogo. Muito menos um monólogo que convide a refletir e que condena determinados estilos de vida. A diversão não tem qualquer problema em si. Diria que ela é até mesmo necessária. Mas, há algo errado quando ela vira o centro da nossa vida, quando ela dita toda nossa expectativa e planos. Viramos a medida de tudo, nos tornamos idólatras e deixamos de ter prazer no único que realmente pode trazer este prazer a nós.

            Por isso não é incomum vermos até mesmo na igreja estes adoradores da diversão e tecnologia. Cérebros moldados para serem usados limitadamente, pois não são capazes de ter a atenção necessária pelo mínimo de tempo possível. Mente controlada apenas por um assunto específico, pois ela não é exercitada adequadamente para pensar em outras coisas e em assuntos diferentes de acordo com a ocasião. Intranquilidade que faz o corpo mexer-se desnecessariamente – diria até mesmo o tempo todo – fazendo-o levantar-se várias e várias vezes para fazer-se sabe lá o que. Celulares, “smart fones” que controlam o usuário durante o culto quando deveria acontecer o contrário.

            Quando a Palavra pregada, o ensino dessa Palavra se tornam canseira para nós é porque Deus igualmente é um peso e enfado para nossa vida. O resultado não pode ser diferente ainda hoje: o total desprezo a Ele e, no final, uma vida sem o menor sentido.

Rev. Laércio Rios Guimarães